Eventos / notícias

COVID-19: Proposta às Autarquias -

DOMINGOS SEM CARROS

Carta da Estrada Viva enviada a Municípios com cidades com mais de 20 000 habitantes:


Exmo./a Sr./a Presidente da Câmara de <município> < nome do Presidente da Câmara>,

Perante o regresso danoso dos automóveis, a Estrada Viva propõe, entre outras medidas, que decrete "Domingos Sem Carros" em <Município>, pelo menos até o final de setembro.

A primeira razão para esse pedido é que, com a flexibilização do confinamento, o tráfego voltou a aumentar e as ruas deixaram de ser seguras e acolhedoras para a mobilidade activa e saudável. Famílias a pé e de bicicleta, crianças, mas também todas as pessoas que tentam caminhar ou pedalar pela primeira vez na cidade, não se sentem seguras e acabam por retornar ao carro. Os "Domingos Sem Carros" darão a muitas pessoas a oportunidade de caminhar ou conhecer melhor <Município> a partir do conforto de um selim de bicicleta, sem medo ou ansiedade.

A segunda razão para esta proposta é que precisamos de estar preparados. As férias estão a chegar, muitas pessoas irão ficar em casa, e há uma grande probabilidade do vírus voltar após o Verão. As ruas sem carros, todos os domingos, permitirão que as pessoas planeiem e organizem mais atividades (de férias) no seu bairro. Os vizinhos poderão encontrar-se de novo e fortalecerão o sentido de comunidade no seu bairro. Trata-se do bem-estar e da saúde de todos os cidadãos de <Município>, e de dar espaço para recriar a resiliência comunitária e local, para que, se o próximo confinamento ocorrer, sermos mais capazes de nos ajudarmos e apoiarmos mutuamente.

Esperamos que considere esta modesta proposta pela saúde de todos - a dimensão da zona e questões operacionais serão obviamente uma decisão do município. Não hesite em contactar-nos caso necessite da nossa colaboração para ajudar a que os "Domingos Sem Carros" sejam uma realidade o mais brevemente possível.


Maio 2020

Contributo da Estrada Viva para a Estratégia Nacional para a Mobilidade Activa 2020-2030

Saudamos o lançamento da Estratégia Nacional para a Mobilidade Activa - ENMA 2020-2030, que contém muitos conceitos que a Estrada Viva, e seus associados, tem vindo a defender ao longo das últimas décadas em Portugal.

O documento introduz uma visão para mobilidade activa, mais próxima à do resto da Europa e mais adequada aos tempos actuais, tendente à necessária redução da dependência da utilização excessiva dos meios motorizados individuais e transferência modal para o transporte público e os modos activos de deslocação.

Ficamos, no entanto, desapontados pelo facto deste processo não ter sido, até ao lançamento deste documento, aberto à participação da Sociedade Civil. Muitas das lacunas que serão apontadas neste contributo teriam sido evitadas, e este documento de lançamento, só agora aberto à participação mais alargada, teria ficado mais rico e completo, se tivesse havido um mecanismo de consulta regular durante a sua elaboração.

Consultar aqui na íntegra o parecer da Estrada Viva

2019

Apresentação do inquérito "Mãos ao Ar Lisboa"


O projeto Mãos ao Ar Lisboa! pretende iniciar um retrato anual da mobilidade escolar - mais especificamente saber que modos de transporte os estudantes do 1º, 2º, 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário usam diariamente no seu percurso para a escola. Uma parceria Câmara Municipal de Lisboa / Estrada Viva

maosaoarlx.pt

2018

COMUNICADO

14 Dezembro 2018

#EnquantoMultamAsVitimas


Esta semana a Divisão de Trânsito de Lisboa da Polícia de Segurança Pública comunicou que iria incidir maioritariamente as suas acções de fiscalização sobre os peões. Na semana passada as acções de fiscalização incidiram sobre o uso de capacetes por parte de utilizadores em bicicletas assistidas por motores eléctricos.

A cada 2 horas, uma pessoa é atropelada em Portugal. A cada 4 dias, uma pessoa morre por atropelamento. Portugal tem dos piores indicadores de segurança europeus para peões e utilizadores de bicicleta (1) - Utilizadores Vulneráveis vítimas, practicamente na totalidade, resultado de sinistros com veículos motorizados. Dito de outra forma, Portugal é dos países mais permissivos em relação ao excesso de velocidade e outras regras básicas de condução segura (2). Numa breve contabilização de velocidades numa avenida da cidade de Lisboa, verificou-se que 95% dos carros circulavam acima do limite de velocidade (50 km/h), sendo que metade circulavam acima de 70 km/h (3). Portugal tem das menores percentagens da Europa de crianças a irem a pé ou bicicleta para a escola (4). O risco rodoviário é um dos factores principais para a falta de autonomia das nossas crianças (5). O estacionamento sobre o passeio e passadeiras é regular e atinge proporções dantescas em certos bairros da cidade, colocando peões em perigo. Um quarto dos condutores não dá passagem aos peões nas passadeiras, quase metade dos condutores observados aleatoriamente passou um sinal vermelho e não fez pisca antes de mudar de direcção (6) - infracções graves que objectivamente colocam em perigo Utilizadores Vulneráveis. A falta de fiscalização de comportamentos de risco leva a um enraizado sentimento de impunidade por parte de demasiados condutores de veículos motorizados potencialmente letais com mais de uma tonelada.

Perante estes factos, facilmente observáveis por todos os cidadãos, em vez de controlar e fiscalizar o perigo na sua origem - demasiados condutores de veículos motorizados e poluentes em excesso de velocidade e sem cumprir as regras básicas de segurança - a Divisão de Trânsito de Lisboa da Polícia de Segurança Pública decide punir as potenciais vítimas.

Multar peões e utilizadores de bicicletas significa inverter prioridades, uma má utilização de recursos escassos e por isso mesmo prestar um mau serviço à cidade e ao país. Quanto menos pessoas usarem meios de transporte sustentáveis e seguros, mais perigosas e insalubres serão as nossas cidades. Punir os Utilizadores Vulneráveis revela deriva institucional e falta de perspectiva estratégica em relação aos impactos que a fiscalização e punição desses utilizadores pode ter em termos da degradação da qualidade ambiental e saúde pública das nossas cidades. O país e Lisboa precisam urgentemente da ajuda da PSP, para um serviço público que realmente faça a diferença e contribua para melhorar a segurança e qualidade de vida de todos.

A Estrada Vida convida a todos os cidadãos a exporem os reais perigos que continuam a observar no seu dia-a-dia, enquanto Utilizadores Vulneráveis. Os testemunhos em forma de vídeos curtos, fotos ou meros textos, publicados com #EnquantoMultamAsVitimas serão a forma da sociedade civil afirmar às autoridades que é urgente mudar de paradigma e fiscalizar o perigo na sua origem: demasiados condutores de veículos motorizados em excesso de velocidade e sem cumprir as regras básicas de segurança.

--

(1) ANSR(2) ETSC(3) MUBi(4) ACA-M(5) APSI (6) PRP







2018, ANO DA “MULTIMODALIDADE”

A Comissão Europeia declarou 2018 como o ano da “multimodalidade”, com o objectivo de sensibilizar os cidadãos europeus para redução das emissões de dióxido de carbono (CO2), do congestionamento de tráfego e da poluição do ar.

A iniciativa do organismo europeu, encabeçada por Violeta Bulc, Comissária Europeia dos Transportes, reflecte o compromisso da Comissão com os objectivos saídos do Acordo de Paris, assinado em 2015.

Fonte: Smart Cities

Conferência #SlowDownDayPT



Seminário “Mobilidade sustentável para crianças e jovens”

A Câmara Municipal de Lisboa e a Estrada Viva convidam-no para o Seminário “Mobilidade sustentável para crianças e jovens”, que se realiza no dia 18 de Setembro,das 16h às 18h, na Sala do Arquivo dos Paços do Concelho, no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade.

Inscrição gratuita mas obrigatória para: dmmt.dpmt@cm-lisboa.pt

maosaoarlx.pt